Por Thaisa Baeta
Mais um post aqui no blog da Dê sobre o universo da maternidade. Mas dessa vez em vez de falar de produtos e etc ,vou trocar algumas experiências da minha gravidez com vocês. Sou uma mamãe de primeiríssima viagem e quando precisei procurar informações sobre algumas questões da gravidez tive dificuldades. Acho que uma das melhores formas de se informar é fazendo esse ‘troca-troca’ que pretendo fazer com vocês aqui!
Hoje vou falar um pouco sobre a minha gravidez, mas aquelas coisas que ninguém conta, sabe?! Estou casada há 1 ano e 6 meses, e desde que casei tinha vontade de ser mãe, por isso fiz os procedimentos para ficar grávida. Quando descobri foi uma sensação maravilhosa, uma alegria imensa e um milhão de expectativas! Quem está grávida ou é mãe sabe do que eu estou falando!
Assim que descobri parei de fumar, sim sei que hoje ninguém mais fuma, mas eu fumava e muito! E também tomava remédio controlado por na adolescência ter sofrido bulimia e anorexia.
Minha gravidez foi muito tranquila, não tive nenhum enjoo, só muita azia e ansiedade. Já estava sem praticar exercício há um ano mais ou menos, aí fiquei adiando fazer alguma coisa e acabei não fazendo nada. Preciso confessar que comi muito durante toda gravidez, comia doce todo dia, não sei se foi a falta do cigarro, ou minha cabeça mesmo. O resultado? Engordei muito, 35 quilos; nada saudável!
Marquei a cesárea para quando tivesse com 38 semanas; na última semana nem dormia direito pela ansiedade. Na reta final da gravidez, com o tamanho da barriga, não tinha posição confortável para descansar. Quando chegou o dia eu estava bastante tranquila e muito feliz, tinha encomendado bem nascidos, waffles, lembrancinhas, várias coisas por que queria receber todos na maternidade e na minha casa… Doce engano, rs!
A cesárea foi super rápida, não consigo imaginar palavras para descrever a emoção de quando vi o Henrique pela primeira vez, queria dizer “bem vindo filho!”, mas não conseguia falar na hora, quando ele mamou a primeira vez tive uma crise de choro de felicidade, foi incrível!
O primeiro dia foi bem tranquilo, mas quando chegou a noite, foi meio traumatizante. Minha mãe disse que era super importante o pai e a mãe ficarem com o bebê sem mais ninguém atrapalhando, e meu marido ficou a noite para dormir comigo. Acabou que o Henrique chorou a noite toda e eu operada, com dor, não podia levantar para cuidar dele, por isso meu marido ficou andando com o ele para lá e para cá, tentando ninar, meio confuso… Só às seis da manhã a enfermeira disse que ele podia estar com fome e deu um complemento, aí ele se acalmou e dormiu até as nove.
No final achei importante nós termos tido esse momento. Muita gente pode achar exagero, que já passou por coisa pior e tudo, mas foi muito desesperador. Recebi alta no outro dia, quando cheguei em casa não queria ver ninguém, não conseguia andar direito, toda inchada, com camisola o dia todo… Mandei mensagem para as minhas amigas e familiares falando que não queria visita nenhuma. Parece drama, mas não é, rs!
Começou a ficar tudo muito difícil: Andar, tomar banho, colocar cinta, tirar cinta, tomar bastante água, varias imposições e restrições por causa da amamentação e da cirurgia, e o pior é que o Henrique não queria pegar o peito de jeito nenhum, então na hora de amamentar era aquela choradeira; e eu estava me sentindo mal, feia, gorda, péssima mãe, o corpo todo cheio de manchas… Era tanto sentimento misturado que é até difícil explicar, comecei a ter crises de choro, achar que meu marido ia querer me largar, achar que estava com depressão pós-parto…
Enfim estava me sentindo a pior pessoa do mundo e muito mal agradecida, porque meu filho era lindo e saudável, meu marido um super pai e super hiper mega marido só me elogiando e estando ao meu lado, minha família fazendo tudo por mim, minhas amigas me apoiando, tinha uma pessoa maravilhosa que era meus dois braços me ajudando a cuidar do meu filho, e outra que desde que casei veio trabalhar comigo fazendo tudo por mim!
Como poderia estar me sentindo tão mal com essa vida perfeita? Aí pensava nisso e ficava pior… Mas resolvi escrever esse post pra dizer que toda essa confusão de sentimentos, essa frustração toda passa e hoje sigo fazendo o que minha mãe me aconselhou, vivo um dia de cada vez!!
E posso garantir que a cada dia fica melhor, cada dia é uma descoberta, novidade, surpresa, toda vez que olho para o rostinho do meu filho penso que passaria por isso quantas vezes fosse necessário, que o nascimento dele só fortaleceu meu amor com meu marido e aumentou a admiração que sinto pelos meus pais.
Hoje estou vivendo cem por cento para o Henrique, estou a disposição dele, ele mama de três em três horas, as vezes de duas em duas, e todo dia de noite procuro assistir um filme com meu maridão. Perdi 16 quilos e dia 15 de janeiro ele completou dois meses, uma fofura! Resumindo, a vida muda totalmente, mas está linda e maravilhosa!!!
Por isso mamães, apesar de toda a dificuldade nós sabemos que cada esforço e sofrimento valem a pena! Queria compartilhar isso com vocês, essas coisas que quase ninguém fala e que todo mundo passa.
Espero que tenham gostado do meu depoimento!