>>> Antes de começar, queria deixar bem claro o meu intuito com esse primeiro Diário. Gostaria muito que ele servisse de alerta!!! Um alerta para todas as mulheres que assim como eu, foram deixando o tempo passar e priorizando a vida profissional. Além disso, queria pedir um cuidado extra nos comentários, lembrem-se que desse outro lado do computador existe uma gravidinha, sentimental, que anda chorando à toa! Hein?! Risos… Bom, vamos lá!? <<<
Oi meus amores, tudo bem? Agora que já dei a notícia mais feliz da minha vida em todas as redes sociais, finalmente posso contar para vocês aqui no Blog tudo que tem acontecido comigo nesse último ano… Sim, ANO!
Tudo começou em Maio de 2015. Quem me acompanha por aqui sabe o tanto que eu amo criança e como eu sempre desejei ser mãe. Infelizmente, no meu primeiro casamento não me sentia segura para realizar esse sonho e fiquei adiando, adiante, até que comecei a achar que já estava ficando velha demais e que poderia estar passando da hora de ficar grávida . Foi aí que eu decidi que queria congelar óvulos e tirar esse “peso” da maternidade das minhas costas. Assim, a hora que eu decidisse ter um filho com a pessoa certa, mesmo que passasse muito tempo, a idade não seria um problema para engravidar.
Para isso, resolvi procurar a melhor clínica de Brasília em reprodução humana e uma das poucas que tem a opção de congelamento de óvulos, o Insituto Verhum. Marquei uma consulta com a médica que me indicaram e, posso falar com toda certeza, se não fosse a Dra. Natalia Zavattiero eu não estaria escrevendo esse texto aqui. Sabem quando um anjo entra em nossa vida??? Foi exatamente assim que me senti desde o 1o momento que a vi…
Já cheguei no consultório um pouco apreensiva porque na família árabe nao é muito comum uma mulher congelar óvulos, temos o filho e pronto. Na verdade, mesmo estando em 2016 falar de congelamento de óvulos ainda é algo bem delicado e muitos não entendem ou condenam…enfim….mas já tinha tomado minha decisão e mesmo com medo entrei no consultório.
Assim que comecei a falar, me senti muito à vontade, parecia a conversa mais natural da minha vida e acabei contando tudo que podia e não podia para ela. Risos! A Dra. Natalia ouviu tudo com muita atenção, fez 1 milhão de perguntas e ficou muito entusiasmada com a ideia de congelar, já que eu era jovem e obviamente a quantidade de óvulos seria mais que suficiente para deixar meus “filhotinhos” me esperando.
Na hora pediu que fizéssemos uma ecografia, ali mesmo, dentro da clínica, na mesma hora! Existe algo melhor? Tratamento impecável, todas as enfermeiras incríveis e um astral mágico! Entrei na salinha ao lado e ela começou a examinar. Seu rosto mudou instantaneamente mas mesmo assim ela não quis falar muito, olhou, olhou de novo, mais uma vez e pediu que eu me vestisse e voltasse a sala dela.
Na hora, me deu um frio na barriga, sabia que algo estava errado mas não tinha ideia do que poderia ser. Voltamos para o consultório e ela, muito carinhosa, disse que talvez fosse um ciclo irregular com poucos óvulos mas que a quantidade que ela tinha visto não tinha agradado. Eu tinha no total 4 óvulos, 1 de um lado e 3 do outro, quando uma pessoa de 30 e poucos anos deveria ter pelo menos 12 ou mais.
Me lembrei, naquele momento, do exame que fiz com 27 anos, daqueles que fazemos pré-nupciais, e o número 22 me veio a cabeça! Como em 5 anos eu poderia passar de 22 óvulos em um ciclo para 4??? Meu mundo de repente ficou de ponta cabeça, o que isso poderia significar? Como ter certeza e o quê poderia ser feito? A Natalia pediu que eu ficasse tranquila que ainda não tínhamos certeza de nada mas pediu um exame caríssimo, bem especifico, que nos daria a resposta sobre a minha ‘reserva ovariana’.
No dia seguinte fiz o exame que se chama “Anti-Mulleriano” e o resultado levaria alguns muitos dias para sair. Lembro que desabei no almoço com meus pais no dia seguinte….Um misto de frustração e raiva do meu relacionamento passado, raiva de mim por ter esperado tanto para ser mãe, raiva por não ter ido conferir como as coisas estavam antes. Mas, quem poderia imaginar que aos 32 anos é possível ter uma baixa ‘reserva ovariana’ e a quantidade de óvolus de uma mulher de 43? Essas coisas, ninguém fala para gente. E, por isso, me prometi naquele dia que quando eu conseguisse engravidar eu ia contar minha história para todo mundo, para que assim todas as mulheres tivessem a chance de ao menos saber que essa possibilidade existe, porque eu mesma nunca tinha ouvido falar disso!
Lembro que conversei muito com o Ueliton na época. Estava feliz ao lado dele, tinha certeza que era com ele que queria passar o resto da minha vida, mas estávamos juntos há pouco tempo e não queria deixar isso afetar nosso relacionamento.
Quando saiu o resultado, meu coração quase parou. A Dra. Natalia me explicou que com a dosagem do hormônio (acho que era 0.4, se não me engano) ela tinha certeza que eu tinha uma baixa reserva ovariana ou seja, pouca quantidade de óvulos, e que não tinha muito tempo a perder. Ela explicou que nós mulheres já nascemos com um potinho cheio, com uma quantidade X de óvulos, e ao longo da vida nosso corpo vai tirando um número Y por mês até que o X acabe. Quanto mais perto do fim, menos era tirado do potinho e também que não tinha como fazer mais óvulos, diferente dos homens que podem aumentar a quantidade de esperma.
Meu mundo virou de ponta cabeça: eu tinha um problema para engravidar. Eu… Como assim??? A pessoa que desde pequena sonhou em ser mãe, a pessoa que sempre quis 6 filhos… SEIS! E agora? Quais as minhas opções???
Ela me explicou que podíamos fazer inseminação e também a fertilização, falou que isso poderia ser feito se eu tivesse um parceiro fixo ou também com um doador do banco de esperma, mas que de uma maneira ou de outra, se eu realmente queria ter um filho, eu não podia perder muito tempo por quê a quantidade de óvulos só ia diminuir e iria ficar cada vez mais difícil engravidar.
Cheguei em casa arrasada, não sei nem como o Ueliton conseguiu me entender do tanto que eu chorava. Eu não podia colocar essa pressão sobre ele, sobre o nosso relacionamento tão recente, isso era uma coisa que EU precisava fazer, pois ele já tinha um filho. Falei pra ele que ia tentar ter esse filho mas deixando ele muito à vontade, que não me importava se fosse de um banco de esperma, até por que ele já tinha um filho que não era meu e eu teria um filho que não seria dele, mas que isso nada mudaria nossa relação.
Nessa hora ele até riu, e foi tão amoroso, tão especial, tão parceiro, que não sei explicar….Disse que essa possibilidade não existia, que esse filho não seria meu, que esse filho seria NOSSO! E, foi aí que comecamos nossa vida como um verdadeiro casal!!!
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